Pico do Garrafão em Alagoa

Pico do Garrafão de Alagoa
A trilha de acesso segue pelo fio da encosta

Oficialmente seu nome é Pico de Santo Agostinho, mas popularmente todos o conhecem por Pico do Garrafão. Embora localizado numa região fronteiriça entre os municípios de Alagoa, Itamonte e Baependi, quase sempre o chamamos Pico do Garrafão de Alagoa. É um modo de diferenciá-lo dos seus xarás Brasil afora. Alheio a nomes, importa saber que se trata de um lugar significativo para os amantes da Mantiqueira.

Não é difícil encontrar quem afirme que o Pico estaria em terras de Baependi; ou Itamonte. Fato é que nunca ouvi falar Pico do Garrafão de Baependi. Aliás, é por Alagoa que se tem o acesso mais conhecido ao Garrafão; sendo também a face em que melhor se sente o impacto dos seus quase 2.400m de altitude.

Embora 'baixinho' perante a Pedra da Mina, Três Estados e Itatiaia, é do seu cume que se obtém uma vista pouco usual desses seus irmãos mais conhecidos e seus arredores. Esse visual possibilita aos Montanhistas um divertido exercício de identificação dos seus pares da Mantiqueira.

Complementa a visão privilegiada praticamente toda a parte alta do Parque Estadual da Serra do Papagaio PESP, onde está localizado. Aliás, pra sermos justos, esse Parque deveria levar o nome de Serra do Garrafão, até porque é lá que está o cume da UC. Mas nessa, Aiuruoca 'passou a perna' nos seus vizinhos. Aliás é disso que os baependianos deveriam reclamar (risos)...

Relato


Como lembra aquele ditado que "em casa de ferreiro o espeto é de pau" havia um bom tempo que não botava os pés no Garrafão. Mas atendendo a um convite de um dos meus irmãos, escolhemos um sábado pra dar um pulinho por lá e matar saudades.

Aquela manhã de julho amanheceu fechada. Isso atrasou nossos planos, até porque se o tempo não se abrisse não compensaria ir no Garrafão, pois o visual ficaria comprometido. Mas em tempos de seca logo as nuvens começaram a sumir. Por volta de 9h00 partimos rumo à sede de Alagoa. Um girinho e passava das 9h20 quando tomamos a rodovia sentido Itamonte.

Perto de 9h45 deixamos a rodovia e entramos à direita pelos bairros rurais da Companhia e Engenho. Rapidamente cruzamos as localidades. Passamos defronte a Capelinha do Coração de Jesus, quando tomamos a direita. Logo acima entramos à esquerda, seguindo pelo 'calçamento' do PESP. Um morraréu sem fim, mas sem obstáculos mais complicados em época de seca.

Subindo pelo Engenho esta é a visa do Garrafão
ao se aproximar do Vale de mesmo nome


Pontualmente às 10h00 despontamos para o Vale do Garrafão. Um lugar de beleza incrível, emoldurado pelo Pico do Garrafão à Oeste. Seguimos primeiro à direita pela estradinha plana. Metros à frente tomamos a esquerda, pois à direita-reto segue para os túneis do Garrafão e a Sede do PESP.

Em poucos minutos chegamos até os arredores da casa do Sr. Odir, ponto tradicional daquele lugar. Tínhamos à nossa direita e a distância o Ribeirão do Charco, primeiras águas do Baependi. Naquela manhã de sol tudo estava lindo. Só estranhei o fato daqueles pinheiros 'estrangeiros' que haviam próximo à residência não estarem mais de pé...

Alguns veículos estavam estacionados na grama próximo à porteira; bem como outro chegara no mesmo instante que nós. Este acabou parando à nossa frente na estradinha. Então decidimos deixar o veículo por ali e botar o pé na estradinha que segue o Vale para o Oeste.

Esta é a mesma estradinha que leva até umas residências mais à frente, próximas ao Pico. Isto foi até bom porque lemos na porteira adiante um aviso de possível cobrança de estacionamento lá no ponto inicial da subida do Pico.

O céu de brigadeiro das 10h00 dava mostras de um dia completamente aberto. Caminhando rápido em pouco mais de 10 minutos chegamos até aquela antiga porteira à nossa esquerda, que dá acesso à trilha para o Pico do Garrafão. É também ali que fica o tal estacionamento que seria pago. Naquele momento não havia vivalma no espaço.

Porteira de acesso a trilha. Note o Quebra Corpo
Foto do retorno


Seguimos pela derivação à esquerda em suave aclive. Trata-se de uma antiga estradinha que leva até uma residência de veraneio logo acima. Aproximando desta e de uma cerca de arame que fecha uma plantação de amora aparentemente abandonada, deixamos a estradinha numa guinada a 90 graus para a direita.

A partir daquele momento e até o topo é praticamente subida o tempo todo; por todo o tempo. Não há possibilidade de erro ou desvio porque a trilha é única. Trata-se da subida por uma encosta, tendo na banda Norte uma pirambeira em campos e o Vale do Garrafão lá embaixo. Pela banda Sul outra pirambeira, porém recoberta de vegetação e a continuação da Serra do Capoeirão.

Inicialmente passamos a percorrer forte aclive, com trilha erodida em meio às candeias esparsas. É um trecho de mais ou menos uns 250 metros, com desnível em torno duns 100 metros. Acima a trilha dá uma assentada, mas segue em aclive. Passamos por uma placa do Parque e o panorama natural se mantém.

Vamos subindo em bom ritmo. Sem paradas seguimos contemplando toda a beleza daquele lugar. O pico à Oeste ainda parece bem distante. A partir da cota de 2000m a trilha segue tendo à sua esquerda a aproximação da matinha Sul. Aquela lombada divisora é muito bonita.

Pico vai se aproximando. 


Já pela cota de 2.200m a aclividade volta a se acentuar. As pernas já sentem o ritmo da subida, mas seguimos sem desânimo. Observamos lá no topo do Garrafão algumas pessoas. Mais um lance de subida e mergulhamos em meio à vegetação. A sombra mesmo que em curto trecho foi providencial, porque o calor era grande.

Pontualmente ao meio dia, duas horas após início da pernada chegávamos ao platô do Pico do Garrafão. Estavam vencidos os 4 km que o separa lá das proximidades da Casa do Sr. Odir. Foram aproximadamente 650 metros de desnível, uma subidinha que não se pode desconsiderar...

Chegando no Garrafão:
Seu topo é amplo e irregular


Alcançado o platô faltavam ainda alguns metros de subida para atingirmos o topo rochoso do Garrafão. Tomamos então a curta trilha para o rumo Norte que segue próximo à piramba rochosa do Garrafão. Em alguns minutos atingimos o ponto mais interessante, excelente para as observações. Por lá topamos com dois casais que pareciam pernoitaram no topo.

O topo do Garrafão é irregular e bastante amplo. Não se trata de um terreno rochoso, mas recoberto pela vegetação de campos, com vertentes nas direções Sul e Oeste. Para as bandas Norte e Leste despontam vertiginosas e inclinadas pirambas rochosas.

Aliás, é pela face Leste a cara principal do Garrafão. Também é por essa banda que talvez sobressaia o visual mais impactante desde o cume, que é aquele que contempla praticamente toda a área do pequeno município de Alagoa, emoldurado pela piramidal Mitra do Bispo e Serra do Ouro Fala. De fato é uma vista incrível, com razão a mais conhecida desde o Garrafão de Alagoa!

Vista Leste: O Vale do Garrfão
Ao fundo Ouro Fala, Mitra, Boa Vista etc
Sudeste Condado, Juquinha etc


Meio do dia é fogo pra imagem,
Mas essa vista é Magnífica!


Para a banda Nordeste se destaca a Serra e Pico do Papagaio com suas corcovas características. Para o Norte a região da Serra da Chapada e Canjica. Praticamente toda a área da parte alta do Parque Estadual da Serra do Papagaio pode ser observada do topo do Garrafão; inclusive aquela menos expressiva em matéria de picos, que é a banda Oeste-Sudoeste.

Norte-Nordeste: Chapéu, Chapada, Canjica, Papagaio

Mas é para a Banda Sul e Sudeste que sobressaem a Serra Fina e Planalto do Itatiaia. Trata-se de uma vista pouco conhecida da maioria dos Montanhistas. Não é difícil identificar os principais cumes, como a Pedra da Mina, Três Estados, Itatiaiuçu. Mas torna-se uma brincadeira divertida identificar aqueles cumes digamos "menores". Claro, isto não vale para o característico e inconfundível Picú; mas os outros podem se tornar desafiadores... Só por isso já vale uma ida ao Garrafão de Alagoa.

Planalto do Itatiaia
Para ver Serra Fina suba no ponto mais elevado ao Sul


Além da vista privilegiada em todos os quadrantes, o topo do Garrafão reserva outras surpresas. Por suas características permite uma área de camping naturalmente protegida, próxima à banda Norte. Em um colo mais a Oeste está uma nascente, que jorra praticamente todo o ano.

Mas é a Sudoeste que de fato se encontra o ponto culminante do Garrafão. Não é difícil identificá-lo porque foi justamente nesse ponto que o PESP julgou ser adequado para instalar ali sua antena de comunicação. Pessoalmente julgo esse fato como a maior bola fora do PESP no Garrafão. É bem certo que tecnicamente não faltariam outros pontos de valor para se instalar o bendito apetrecho...

Permanecemos por longo tempo na borda leste observando os quadrantes. De fato é um tempo prazeroso, de admiração daquele mundo em morraréu. Magnífico!

Um tempo mais e começaram a chegar por lá outros visitantes. Como estávamos em bate e volta e o relógio corria, resolvemos dar um giro pelo topo e fugir do movimento. Incrível observar o quanto fuçado de porco estava o topo do Garrafão. Certamente são muitos por ali...

Fonte jorrando


Passamos pela área de acampamento e descemos até a nascente, para mostrar para um visitante de Bocaina de Minas que iria pernoitar no topo. A fonte estava lá, jorrando, embora em pequeno volume.

Da fonte fizemos um corte em diagonal e seguimos até as benditas antenas. Necessárias, mas interferem por demais na paisagem. Há quem nomeie o ponto como Pico da Antena, mas não resta dúvida que toda aquela elevação tecnicamente é apenas um conjunto: Garrafão.

O apetrecho no melhor ponto do Garrafão
'Bola fora' do PESP...


O visual geral à distância não modifica muito, mas é ali que está o ponto mais alto de todo o conjunto. Segundo o IBGE são 2.359m; mas nosso desgovernado GPS insistiu em bater próximo dos 2.400m.

É também dessas proximidades que partem aquelas velhas trilhas para o leste e que irão finalizar ou no Morro Grande ou na Birbiria, ambas localidades rurais em Itamonte. Também é no sentido dessas saídas, bem próximo à torre que estão as primeiras nascentes do Baependi, muito embora no período da seca não passem de um merejo ou escassas poças.

Serra Fina desde região das antenas

Itatiaia e Serra Fina
Se estiver com tempo há outros pontos no Garrafão
em que se pode melhor observar esses maciços


Permanecemos nas antenas proseando e contemplando por mais um bom tempo. Perto das 14h20 julgamos ser hora de deixar o Garrafão. O céu não estava mais nítido como antes. Ademais teríamos uma descida demorada pela frente.

Tomamos então a trilha rumo leste. Passamos pelas velhas saídas do Morro Grande e Birbíria e logo à frente paramos no tal Mirante do Picu. Como o nome indica, trata-se de um mirador voltado para o Sul em que se pode observar o tal bendito embarbatanado. Linda vista que nos tomou um tempinho a mais na contemplação.

Na imagem do celular não dá pra ver,
Mas entre os maciços lá está o Picu


Passava das 14h30 quando inciamos de fato a descida, deixando para trás o grande e irregular topo do Santo Agostinho. Além daqueles que já haviam chegado, logo na saída topamos com uma fila de paulistas que chegavam para pernoite no Garrafão...

Aliás, o pessoal do PESP realizou uma "devastada na trilha" que desemboca ao topo do Garrafão. Fiquei admirado! Será que precisava toda aquela roçada para demarcar uma trilha? Sinceramente parece que estão a preparar o terreno para uma auto estrada que irá cruzar o coração do Garrafão (risos)...

A "Free Way" no topo do Garrafão.
Seria de fato necessária?

Sem delongas desembestamos trilha abaixo. Tecnicamente descida é mais complicado que subida; justamente porque tende a ser mais rápida. Aumenta o risco de lesões e quedas. Mas a naturalidade vai nos puxando.

À medida que descemos seguimos encontrando com vários e vários paulistas; além de alguns locais que subiam para pernoite. Haviam até alguns mais corajosos, que transportavam alguns apetrechos pouco cômodos para uma jornada dessas...

Descendo: linda vista


Próximo das 16 horas havíamos vencido o grande e alongado desnível. Ali topamos com um último corajoso e animado local que seguia rumo ao cume. Dizia que queria chegar lá antes do escurecer. Conhecedor destes, não duvido que tenhas conseguido!

Nós tocamos para os metros finais da pernadinha. Fazia uma linda tarde. Aproximamos da porteira do estacionamento principal do Garrafão. Seguramente mais de 20 automóveis estavam por ali. Tocamos adiante e rapidinho chegamos até o nosso transporte. Dali foi um tirinho e já estávamos de volta em casa.

Mais uma vez o Garrafão nos mostrou toda sua importância. É um lugar que ficou esquecido por longo tempo, mas que aos poucos vai ocupando seu espaço, atraindo para si um olhar diferenciado. De fato isto é muito justo, merece um viva!


Serviço

Distante aproximadamente 13 km da cidade de Alagoa, o Pico do Garrafão ou Pico de Santo Agostinho é uma formação rochosa localizada na divisa dos municípios de Alagoa, Baependi e Itamonte, na Mantiqueira, sul do estado de Minas Gerais. Com 2.359m de altitude (IBGE) está inserido dentro do Parque Estadual da Serra do Papagaio; sendo o seu ponto culminante.

Embora tenha dois outros antigos acessos através do Morro Grande e Birbiria, localidades rurais de Itamonte, é por Alagoa que está o seu acesso mais conhecido. É também o mais curto deles, porém guarda forte aclividade, de quase 700 metros de desnível a partir do Vale e bairro rural de mesmo nome.

O diferencial do Garrafão de Alagoa como é popularmente mais conhecido é o seu visual. À leste permite visual de todo o município de Alagoa, emoldurado pela piramidal Mitra do Bispo e Serra do Ouro Fala e Nogueiras, estas últimas já em Aiuruoca.

Para o Norte-Nordeste se destaca a Serra do Papagaio; inclusive o inconfundível Pico homônimo. Também sobressaem a Serra do Canjica e da Chapada. Para o Oeste é o visual dos campos do Parque, finalizando com aquele mar de morros baixio do Sul de Minas.

Mas é para o Sul-Sudeste que se obtém a mais curiosa vista dos maciços da Serra Fina e Itatiaia. Os picos principais são destacados como a Mina, Três Estados, Itatiaiuçu. Mas também outros como o Cabeça de Touro, o Sino de Itatiaia, Pedra Furada. É um exercício pedagógico brincar de identificar cada um deles; uma busca de conhecimento indispensável aos Montanhistas.

A trilha ao Garrafão por Alagoa não oferece dificuldades em navegação, uma vez que é única e visual em todo o seu trecho. Sobe uma encosta do Pico praticamente em linha reta, tendo à frente o desfiladeiro rochoso do Santo Agostinho. Não há água pelo percurso, porém esta encontra-se no topo, numa declividade Norte.

A visita pode ser feita em bate e volta ou com pernoite, uma vez que há no topo uma área para acampamento demarcada pelo PE da Serra do Papagaio. Não há cobrança de taxa de visitação ou uso de trilha.

Distâncias aproximadas

Belo Horizonte a Alagoa: 460 km (Via BR 381)
Alagoa a Aiuruoca: 32 km (estrada de terra)
Alagoa a Itamonte: 40 km (sendo 7 km em estrada de terra)
São Paulo a Alagoa: 255 km (Via Cruzeiro/Passa Quatro)
Rio de Janeiro a Alagoa: 275 km (Via Resende)

Hospedagens - Alagoa

Pousada Casarão → 35 999859-7230 (recomendo)
Hospedaria Pedra da Mitra → 35 99877-9878
Pousada Sítio do Picapau → 35 3366-1221

Como chegar e voltar de ônibus

Cidade referência: Belo Horizonte

Ida: Expresso Gardênia até São Lourenço → Viação Cidade do Aço até Itamonte → Viação Souza Aguiar (35 3366-1260) até o topo da Serra do Capoeirão.
Desse ponto até o Bairro rural do Garrafão no início da trilha são em torno de 7 km em estrada.

Volta: Viação Souza Aguiar (35 3366-1260) até Itamonte → Viação Cidade do Aço até São Lourenço → Expresso Gardênia até Belo Horizonte

Também é possível ir pela Viação Útil até Santana do Capivari comprando passagem BH x Cruzeiro → Viação Delfim até Itamonte → Viação Souza Aguiar (35 3366-1260) até o topo da Serra do Capoeirão. Desse ponto até o Bairro rural do Garrafão no início da trilha são em torno de 7 km em estrada.

► Como os horários de ônibus não são coincidentes, outra opção é ao chegar em Itamonte tomar um táxi para o Bairro do Garrafão em Alagoa. O lugar é bastante conhecido.  Para retornar, se desejar agilizar, atente-se que ônibus Alagoa x Itamonte há em apenas um horário diário, passando no alto da Serra do Capoeirão sentido Itamonte por volta de 6h30/7h00 da manhã.
► Confira nas empresas os horários e frequências das viagens, que são escassos. Estude alternativas.

Como chegar e voltar de Carro

Cidade referência: Belo Horizonte

Ida: BR 381 até Campanha → BR 267-Acesso até Caxambu → BR 354 até Itamonte → LMG 881 até Alto da Serra do Capoeirão → Estrada de terra até o Bairro do Garrafão

Volta: mesmas rodovias no sentido inverso

Importante:
►►Para origem em outras localidades, tenham em mente as cidades de Caxambu e São Lourenço, que são aquelas com melhor infraestrutura logística na região.

Considerações Finais


► Unidade de Conservação - Parque Estadual da Serra do Papagaio PESP.
O Parque não oferece sistema de reservas, cobrança de ingresso ou de pernoite  e uso de trilhas; pois não há infraestrutura implantada. Quando visitamos unidades que se encontram nessas condições é recomendável que mantenhamos contato com a Unidade e avisemos das nossas intenções. É importante que a Unidade tenha ciência de quem está caminhando pelas terras do Parque, pois isto poderá ser orientado; além de gerar estatísticas, estudos e melhorias.
Contatos do PESP: 35 3341-5404 | 
E-mail peserradopapagaio@meioambiente.mg.gov.br

► Áreas particulares: 
Não há cobrança de acesso, pois se trata de uma estrada rural, pública. Eventualmente há cobrança de estacionamento no início da trilha, pois o terreno é particular. Fique atento!
Recomendável manter discrição em todas as ações. Sempre que possível, aproximando de sítios, fazendas e similares informar sobre suas intenções. Manter fechadas todas as porteiras e tronqueiras. Jamais romper cercas. Nunca provocar ou assustar animais e criações. Não abrir áreas para acampamento. Jamais realizar fogueiras. Manter consigo todo e qualquer lixo gerado.

► Trilha e Trajeto: 
Trajeto misto, contendo trechos com trilhas amplas e batidas e trechos com trilhas mais discretas. Há alguma sinalização colocada pelo PESP.  Risco de desvio na trilha de acesso baixíssimo, pois se trata de trilha única. Predomina aclive na ida; declive no retorno. 

► Experiência em Trekking:
Embora o trajeto seja curto, requer alguma experiência em caminhada no meio natural. É um desnível razoável e pode se tornar exigente para aqueles que nunca praticaram a atividade. 

► Logística de Acesso 1: 
Atente-se para o horário do início da caminhada. Para realizar uma caminhada tranquila ideal é começar cedo se for em bate e volta. Para pernoite esforce-se para caminhar sempre com luz do dia. 

► Logística de Acesso 2: 
Caso dependa exclusivamente do ônibus para chegar à localidade, esteja ciente que isto pode ser demorado. Calcule o tempo necessário para não ser surpreendido.

► Camping: 
Modo natural, demarcado pelo PESPI no topo do Garrafão.

► Água: 
Não há pontos de água pela trilha de acesso. Inicie abastecido. No topo do Garrafão há fonte de água. Use purificador!

► Exposição ao Sol: 
Intensa. Use protetor solar.

► Época de realização: 
O melhor período para realização é de abril a setembro; que é a época mais seca na região. No verão também é possível, mas esteja atento: Sob chuvas pode ser complicado, pois são comuns tempestades na região. Não há cruzada de rio no acesso. 

► Segurança - Escape:
Retorno pela mesma trilha da ida. Tenha em mente que em circunstâncias adversas os deslocamentos podem ser demorados. Não há estrutura de busca e resgate na região. Há sinal de celular em alguns pontos, muito embora possa ser inconstante. Não há obviamente terminais telefônicos.

►Segurança - Vestuário: 
Ao praticar Trekking prefira utilizar calças compridas e camisetas com mangas longas. Isto oferece maior proteção frente à vegetação e eventuais insetos; além de minorar a ação do sol.

► Atenção: 
Ambientes naturais abrigam insetos e animais selvagens ou peçonhentos. Isto é natural; é normal. Portanto, seja ao caminhar ou ao assentar esteja sempre atento. Ao manusear vestuário e equipamentos verifique com atenção se não há presença desses animais ou insetos. Também esteja atento quanto a presença de animais selvagens de grande porte; evitando assustá-los.

► Cash: 
Em pequenas localidades aceita-se apenas dinheiro. Na cidade de Alagoa é possível pagar com cartões de crédito.

► Carta Topográfica: Alagoa


► Pratique a atividade aplicando os Princípios de Mínimo Impacto


Bons ventos!

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