Travessia Duas Pontes a Cabeça de Boi: a bela e preservada Rota Tradicional!

Cachoeira das Maçãs na parte final da Travessia
A Travessia Duas Pontes a Cabeça de Boi pela sua rota Tradicional perfaz aproximadamente 31 km, cortando a Serra do Espinhaço sentido oeste - sudeste - leste; percorrendo parte das terras altas do Parque Nacional da Serra do Cipó. Os principais atrativos do percurso são a vista do Cânion do Travessão na parte inicial e as Cachoeiras das Maçãs e Intancado em sua parte final; além dos campos rupestres e matas de galerias que se espalham por todo o trajeto, intercalados por afloramentos rochosos. Pouco realizada, encontra-se em nível exigente de caminhada; por isso mesmo ainda mais encantadora...

Rota realizada e disponibilizada no Wikiloc
Além de possibilitar estudar e visualizar a região, você poderá baixar este tracklog (necessário se cadastrar no Wikiloc); e utilizá-lo no seu GPS ou smartphone (necessário instalar aplicativo).
Atualização Importante: Este trajeto refere-se à antiga rota que fazíamos para Cabeça de Boi antes do Projeto Piloto de Travessias do ParnaCipó. Com a implantação do Projeto Piloto, a Nova Rota Oficial do Parque apresenta grandes diferenças em relação a esta rota abaixo. Por isso recomendamos que atualmente utilize a rota disponibilizada pelo ParnaCipó. Esteja ciente disso!
Recomendamos que utilize esta rota como fonte complementar dos seus estudos. Procure sempre levar consigo croquis, mapas, bússola e outras anotações que possibilitem uma aventura mais segura. Melhor planejamento: Melhor aproveitamento.
Pratique a atividade aplicando os Princípios de Mínimo Impacto


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Nós
1 Aproveitando o inverno seco da região central de Minas agendei essa Travessia para fins de julho de 2014. Para nossa surpresa, uma poderosa frente fria resolveu varrer a região justamente na data marcada. Apesar de algumas desistências de última hora, dez corajosos resolveram enfrentar o tempo ruim e realizar a pernada; afinal trekking não se faz somente com tempo aberto e ensolarado: a caminhada sob chuva e frio é uma escola aventureira sem igual. Então, nada de perder a oportunidade: Éramos Fernando, Filipe, Gabriel, James, Lucas, Mateus, Sol, Patrícia, Wesley e eu.

Trecho inicial da caminhada. Ao fundo, parte alta do ParnaCipó
Beirava as 7h00 da manhã do dia 26 de julho quando deixamos BH rumo ao início da Travessia, localizada no km 114 da rodovia MG 10. Após uma parada para café em uma padaria em Lagoa Santa e passagem non stop pela Serra do Cipó, passava das 9h20 da manhã quando desembarcamos no local desejado.

Somente às 9h40 iniciamos a caminhada percorrendo a trilha batida e em leve aclive rumo ao Travessão. Após o aclive, adentramos na área do ParnaCipó, ignoramos a bifurcação à direita que segue para a Cachoeira de Congonhas e prosseguimos pelos campos; entrando rapidamente em um declive que nos levou ao Córrego Capão da Mata. Cruzamos o córrego, fizemos uma paradinha pra lanche e retomamos a caminhada pela matinha de samambaias.

Cachoeira dos Espelhos
Trecho sem dificuldades, adiante já despontamos no descampado e logo acima estava lá, com uma merreca de água a Cachoeira dos Espelhos com seu poço cor de coca-cola. Exceção do Gabriel, não descemos ao poço e continuamos subindo, aproximando do paredão de rochas adiante.

A trilha marcada segue para esquerda e após um degrau chegamos à rocha das pinturas rupestres. Paradinha rápida, reiniciamos a caminhada agora em declive, margeando um vale pelo seu lado direito por onde corre um fio d'água. Já despontava adiante o ponto de passagem do imponente Cânion do Travessão.

Mirante do Travessão
O céu que até então estava somente nublado começou a despejar uma chuvinha fina, diminuindo o ritmo da caminhada pela descida, deixando as pedras lisas feito sabão. Porém sem delongas, cruzamos mais abaixo o fio d'água e agora pela sua esquerda chegamos ao Mirante do Cânion do Travessão por volta de 12h30.

Nossas roupas já estavam encharcadas, prenunciando um longo dia... Após algumas fotos prosseguimos na trilha marcada entre a capoeira da 'boca' do Travessão e chegamos até algumas as rochas, aonde fizemos um pit stop para uma boquinha. Nesse momento a neblina tomou conta do lugar; a temperatura caiu e a chuva aumentou. Perdemos o visual total, e o jeito foi retomar a caminhada para não congelarmos...

Caminhando agora sentido sul, fomos subindo acima do Travessão ainda por uma trilha que vai margeando o Rio do Peixe pela sua esquerda. Adiante, coletamos um pouco mais de água que o habitual, pois a informação segura e atualizada que possuíamos era de que as fontes de água daí pra cima estariam todas secas devido à estiagem da temporada. Apesar da chuva daquele dia preferimos não correr riscos.

Retomamos a caminhada e começava o trecho mais exigente da Travessia. Não há trilha demarcada pelo trecho e fomos subindo pelos campos rupestres até chegarmos a um platô. Demos então uma guinada para leste, cruzamos um rego d'água e logo adiante outro, varando um matinho; voltando rapidamente a caminhar sentido sul e em aclive.

Esse trecho beira um morro à leste e prossegue pelo selado em aclive, que vai se afunilando. Em sua parte final a presença de afloramentos rochosos aumenta consideravelmente. Chegado a esse ponto, a direção toma rumo definitivo leste/sudeste, passando pelo trecho mais chato dessa caminhada: pular e trepar pedras!

Enfrentamos bastante dificuldades nesse ponto, pois as pedras estavam escorregadias; e os resistentes arbustos teimavam em nos arranhar. Fizemos uma paradinha, mas por pouco tempo, uma vez que o vento gelado não permitia longo descanso. Passado esse curto e chato trecho sobre pedras, a caminhada prossegue em leve aclive por uma grande campina, sempre para o sudeste.

Ao final dessa campina, que apresentava trechos de queimada, graças a uma abertura do tempo observamos à esquerda e à distância o local por onde corre uma cachoeira (sem nome) em épocas das águas. Após novas e pequenas formações rochosas, aclives e declives menores, descemos um selado e cruzamos um trecho de brejo.

Fizemos uma paradinha para beliscar algo e tapear a fome. Nesse ponto a neblina baixou de vez e a chuva que estava fininha aumentou. Adiante, novo trecho de subida, que percorremos em zigue-zague desviando das rochas. Nada de existência de trilhas; visual zero e fazia muito frio. O relógio já marcava 16h30.

Imediações da nossa hospedaria naquela tarde nebulosa
Prosseguindo agora por campo aberto, também com sinal recente de queimada (seguramente por causas naturais) observamos adiante a aproximação de uma pequena floresta. Surgiram arremedos de 'trilhas de vaca'. Caminhamos por elas, passamos por um rego d'água e aproximamos da Floresta, trecho mais alto de toda a Travessia. Ao passarmos pela Floresta e como a noite já se aproximava, tratamos logo de armar acampamento por ali, pois o local era abrigado e plano; praticamente um hotel 1000 estrelas para a ocasião. Passava um pouco das 17h00.

Aproveitamos a aragem e logo as casas estavam de pé, algumas delas bem abrigadas pela matinha. Caiu a noite, voltei até o rego d'água para reabastecer. Ao retornar ao acampamento, fizemos nossa sopa coletiva, ficamos papeando e nos esquentando com vinhos e iscas de queijo; uma diversão total...

Mas às 21h00 uma pancada de chuva botou fim à nossa boa prosa. Apesar de fria, a noite foi revigorante e só acordei às 4h30 da madrugada para mudar de posição. Vale lembrar que, este local que acampamos só foi possível porque estava chovendo e assim havia água próximo. Em tempos de estiagem, as águas desse trecho secam todas!

Amanhecer no segundo dia: a animação continuava a mesma
2 O dia seguinte amanheceu como antes: fechado e com ameaças de chuva. Mesmo pretendendo sair cedo do acampamento, passava das 8h40 quando deixamos o lugar. Desse ponto em diante só haveria descida até a área das cachoeiras.

Fomos seguindo as trilhas de vaca, passamos por novo ponto de água (temporário) e fomos despencando ladeira abaixo. Não há trilha definida e passa-se sobre algumas rochas, que estavam muito lisas. Durante a descida o visual lá embaixo se abriu algumas vezes. Vencido o trecho mais forte da descida, passamos pelos limites do ParnaCipó, onde há uma cachoeira à esquerda (praticamente seca) e outra à direita (mais forte, só ouvimos o som, não fomos conferir). Inicia-se um trecho de trilha desgastada e seguimos por ela, até chegarmos a uma tronqueira; que cruzamos. Após a tronqueira, seguimos à esquerda pela trilha por entre uma matinha/capoeira.

Imediações dos limites do ParnaCipó. Visual raro na descida: neblina teimosa
Após a matinha e sempre descendo, o trecho alterna trilhas desgastadas ou ausência delas e nossa referência é um riacho, precedido por uma boa área para acampamento, plana e gramada; que era nosso objetivo no dia anterior. Como não havíamos chegado até lá, estávamos atrasados em aproximadamente 1h30; pois chegamos ao lugar às 10h30 da manhã. Coletamos água, cruzamos o riacho e caminhamos em diagonal desnecessariamente por uma pequena pirambeira, mas logo descemos e interceptamos um arremedo de trilha abaixo.

Altura em que tomamos à direita, descendo em direção a Cachoeira das Maçãs
Por esta desgastada trilha, adiante passamos por um curto vara-mato e adentramos em área de campos, caminhando em diagonal. Cruzamos alguns regos d'água ou sinais deles e alguns pontos de erosão. Já era possível ver adiante e à nossa direita o 'miolo' de mata no fundo do vale aonde localiza-se a Cachoeira das Maçãs.

Por volta de meio dia chegamos bem em sua direção, na desgastada trilha acima. Para ganhar tempo, decidimos fazer um atalho, descendo e cruzando o riacho abaixo e interceptando a trilha para a Cachoeira logo acima do outro lado, que já era visível. Por sinais de trilha suja chegamos até o riacho. Exceto o Fernando, que preferiu subir pelo leito, nós outros cruzamos as águas pulando pedras, subimos o pasto e atingimos a trilha batida metros acima. Rapidamente chegamos à Cachoeira das Maçãs: pausa de meia hora para curtir o lugar e descansar. Alguns corajosos entraram nas águas geladas...

Cachoeira das Maçãs vista desde o nosso atalho
Passado o 'recreio', através de trilha batida deixamos a Cachoeira rumo à Prainha, aonde chegamos em poucos minutos. Preferi fazer esse trecho que passar pelo atalho Maçãs-Intancado. A Prainha é o local de encontro das águas dos córregos do Estancado e do Riacho, um local bucólico. Atravessamos as águas do riacho e seguimos cerca de 300 metros adiante até o Intancado. Eu, a Sol e o Mateus ficamos por último e fomos ao lugar apenas para registro. Alguns mais animados tiveram a coragem de entrar nas águas geladas do belo lugar...

Complexo do Intancado que possui um bom poço pra banho
Como já passava das 14h20 ajeitamos as cargueiras e rumamos para o arraial de Santana do Rio Preto, mais conhecido como Cabeça de Boi. Pela trilha batida e plana deixamos o Intancado, passamos novamente pela prainha, cruzamos as águas que vem da Cachoeira do Chuvisco através de uma pinguela, passamos pela área de camping e entramos em uma estradinha, até uma porteira (que estava trancada) ao lado de um estacionamento.

Nem cogitei ir ao Lajeado, que fica ali próximo, à esquerda de quem vem do Intancado! Então, pé na estrada, que vem margeando o Rio Preto e se encontrava um pouco lisa devido à chuva do fim de semana. E foi sob chuva fina que caminhamos até o arraial, aonde botamos os pés às 16h15.

Cabeça de Boi vista desde a estradinha de acesso
Por lá já nos esperava nosso resgate, com um saboroso lanche! Devoramos a comida, colocamos roupas secas, uma cerveja para refresco no Bar do Sô Agostinho e deixamos o lugar às 17h00. A estradinha até Itambé do Mato Dentro estava também em boas condições. Passamos non stop por Itambé e seguimos até Senhora do Carmo; de onde rumamos para Itabira, pois o trecho de estrada de terra entre Senhora do Carmo e Ipoema estava intransitável devido às chuvas. Deixamos o Wesley em Itabira e rumamos para BH. Devido a um acidente na BR 381 na altura de Caeté, somente chegamos em BH por volta de 22h00, a tempo do embarque do Gabriel para São Paulo.

Com êxito, essa Travessia feita sob chuva revelou-se ainda mais exigente e foi uma ótima experiência de grupo e aventura. Ficaram marcas físicas de alguns tombos e arranhões, porém infinitamente inferiores às boas lembranças de mais uma aventura entre novos e velhos amigos. Portanto, vale um brinde aos guerreiros do trecho que com louvou cumprimos nosso objetivo!

Serviço

Variante desejada porém pouco realizada, a Travessia Duas Pontes a Cabeça de Boi é uma das várias opções de caminhadas de média distância que cruzam a parte alta do ParnaCipó. Grande parte do trajeto não possui trilha demarcada, e isto a torna mais exigente. Tem início no km 114 da rodovia MG 10 e finaliza no arraial de Santana do Rio Preto, mas conhecido como Cabeça de Boi, município de Itambé do Mato Dentro. O relevo da região é o típico do Espinhaço, movimentado e repleto de afloramentos rochosos. Já a vegetação predominam campos rupestres e matas de galerias. No verão há abundância de água pelo trajeto; já em períodos de seca muitas fontes desaparecem.

A Travessia pode ser dividida em 3 trechos. O primeiro vai da rodovia MG 10 ao Travessão. Possui trilha bem marcada e aberta. Possibilita visual da Serra do Breu à oeste; Serra Alto Palácio ao norte; baixio de Cardeal Mota ao Sul e os cumes do Parnacipó à leste. Os atrativos do trecho são a Cachoeira dos Espelhos, pinturas rupestres e o próprio Cânion do Travessão, um dos lugares mais impactantes de todo o Espinhaço. Totaliza aproximadamente 8,5 km.

A segunda parte da Travessia vai da subida pós Travessão até bem próximo às áreas das Cachoeiras das Maçãs. É o trecho sem trilha definida até ao ponto mais alto da virada da serra; complementando com trilhas de vaca já bastante desgastadas a partir dos limites do Parnacipó. O trajeto é um misto de pedras, formações arbustivas baixas e campos de altitude. Requer boa experiência em navegação, sobretudo se estiver somente com Carta Topográfica e bússola. Totaliza aproximadamente 16 km. Possui algumas cachoeiras nas proximidades do trajeto (sem nomes), porém com muito pouca água e que necessitaria de algum esforço extra no deslocamento visando visitá-las. O principal atrativo dessa segunda parte é o visual à longa distância de grande trecho da parte alta do Parnacipó.

A terceira e última parte não apresenta dificuldades, pois são trilhas consolidadas que levam às cachoeiras das Maçãs e Intancado (e do Lajeado, que não visitamos dessa vez), além da estradinha que conduz até o arraial de Cabeça de Boi. Totaliza aproximadamente 6,5 km. Os atrativos principais são as duas cachoeiras citadas. A das Maçãs localiza-se em um pequeno cânion e consiste em duas quedas. A primeira queda não é possível de ser atingida sem equipamentos específicos. Porém a segunda queda oferece um bom poço para banho, permitindo inclusive ficar sob a ducha. Já o Intancado é uma sequência de corredeiras, pequenas quedas e panelões por um desnível em rocha, oferecendo possibilidades variadas; inclusive um poço mediano. Possui ainda ampla e boa área nos arredores.

Distâncias

Belo Horizonte a Pousada Duas Pontes: 114 km (asfalto)
Cabeça de Boi a Itambé do Mato Dentro: 12 km (estrada de chão, bem conservada)
Itambé do Mato Dentro a Belo Horizonte: 122 km via Senhora do Carmo e Ipoema.

Importante: 
► O trecho entre Senhora do Carmo e Ipoema é por estrada de terra em boas condições.

Como chegar e voltar - de ônibus
Cidade referência: Belo Horizonte

Ida: Viação Serro ou Viação Saritur  → Desembarcar no km 114 da rodovia MG 10, altura da Pousada Duas Pontes.
Volta: Viação Saritur até Belo Horizonte.
Ou Viação Santos (telefone 31 3831-4537) até Itabira → Viação Saritur até BH

Importante:
► Do arraial de Cabeça de Boi para Itambé não há linha regular de ônibus. Opções são táxi ou carona ou à pé.
► Confira frequências, horários e tarifas nos sites/telefones das empresas de ônibus.

Como chegar e voltar - de carro
Cidade referência: Belo Horizonte

Ida: Rodovia MG 10 até o km 114, altura da Pousada Duas Pontes.
Volta: É possível ser resgatado na área das cachoeiras, 6 km após Cabeça de Boi, encurtando a pernada. Assim, retornará passando por Cabeça de Boi → Itambé do Mato Dentro → Distrito de Senhora do Carmo → Distrito de Ipoema → Bom Jesus do Amparo → BR 381 até Belo Horizonte.

Importante:
► Sob chuva veículos de passeio terão dificuldades no trecho Cabeça de Boi - área das cachoeiras. Nesse caso, previna-se, preferindo ser resgatado no arraial.
► Atualização Nov 2015: o trecho entre Itambé do Mato Dentro e Senhora do Carmo agora encontra-se todo asfaltado. Entre Senhora do Carmo e Ipoema continua estrada de terra.
► Há uma variante para retorno para BH: chegando em Senhora do Carmo seguir para Itabira. Isso aumenta o trajeto, porém foge do trecho de estrada de terra Senhora do Carmo - Ipoema.

Considerações Finais

►Atualização Nov 2017► Importante considerar que o trajeto que realizamos e é descrito neste relato é o antigo trajeto da Travessia Duas Pontes a Cabeça de Boi, anterior ao Projeto de Travessias do ParnaCipó.

►Atualização Nov 2017► A partir de fins de 2015 o Parque Nacional da Serra do Cipó colocou em prática o Projeto Piloto de Travessias, abrindo ao público a Travessia Alto Palácio a Serra dos Alves. O trecho Alto Palácio a Cabeça de Boi também está no plano para abertura ao público. Pelo que fui informado, os planos seriam uma travessia para 2 dias com pernoite obrigatório na Casa de Tábuas. Porém já se passaram 2 anos desde a abertura da Palácio-Alves e até agora nenhuma novidade para a saída para Cabeça de Boi.

►Atualização Nov 2017► Desse modo, o ideal era que fosse evitado percorrer esta travessia até que o ParnaCipó abra oficialmente a rota para Cabeça de Boi. Entretanto, dada à demora nessa abertura, sugerimos que quem desejar realizar esta rota para Cabeça de Boi siga o trajeto da Travessia Alto Palácio a Serra dos Alves até o alto da Campina antes da Casa de Tábuas. A vantagem é que percorrerá trilhas pisoteadas e com alguma sinalização até este ponto; evitando o trecho de rochas que tanto complicava o trajeto antigo.

► Apesar de não ser longa, essa Travessia requer do aventureiro boa experiência em caminhadas e trekking por locais de trilhas mais exigentes. Em grande parte do trajeto não há trilha definida e caminha-se sobre capim, pedras e pequenos vara-matos. 

► Se não estiver acompanhado de alguém mais experiente ou não tenha experiência em navegação não teime em fazer essa Travessia, pois as chances de erros e ficar perdido na serra são enormes. Não utilize esse relato como única fonte de referência para a sua aventura. 

► Em períodos de estiagem prolongada as fontes de água no alto da serra após o Travessão secam; portanto nessas condições abasteça de água de modo suficiente no Ribeirão do Peixe logo após o Travessão; ainda na subida. 

► As cachoeiras das Maçãs e do Intancado estão em área particular. Pode ser que, ao passar por lá seja cobrado algum valor para o acesso. Esteja preparado. Além disso, em feriados costumam receber grande número de visitantes, pois possibilita acesso através de automóveis. 

► Há no arraial de Cabeça de Boi algumas poucas opções de Pousadas; além de alguns botecos. E normalmente estabelecimentos no interior não aceitam pagamentos com cartão de crédito, débito ou cheques! 

► Não há sinal de celular pelo trajeto dessa Travessia. 

► Em caminhadas por Unidades de Conservação como  o ParnaCipó, comunique à administração sobre as suas intenções.

► Confira Dicas de Segurança para a realização de atividades outdoor.

► Pratique a atividade aplicando os Princípios de Mínimo Impacto.

Bons ventos!

8 Comentários

  1. Como sempre, perfeito!!!!! É como sepudesse reviver cada segundo!!!!

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    1. Valeu parceiro,
      Vamos revivendo cada momento de alegria não é mesmo?

      Bom tê-lo por perto! Obrigado pela visita e comentário!

      Abração

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  2. Parabéns mais uma vez Chico!
    Adoro reviver tudo através dos seus relatos.Gosto d+!!
    Sorte nossa ter companheiro assim, próximo, que nos dá esse presente. E olha que não sou muito de ler heim? :( Mas assim, é inevitável.. "não ler!"...rsrsrs

    Bjo e continue com esse animo e entusiasmo de compartilhar suas/nossas aventuras, com todos!!

    Sol Frig Mattos

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    1. Ei Sol,

      Felizmente ou infelizmente nossa memória não consegue guardar todos os fatos... e mesmo que somente os principais estejam narrados por aqui, eles nos ajudam a re-viajar pela trilha e rememorar alguns momentos... Feliz por colaborar com isso!!!

      Eu quem agradeço pela parceria e paciência!
      Beijos pra você também, volte sempre!

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  3. Mais um guia que devo levar para o Cipó na próxima oportunidade. Parabéns, Chicão. Mas devo fazer uma adaptação, começando em Cabeça de Boi e terminando em algum outro recanto aprazível por lá.
    Abraço!

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    1. Fala Rafael,

      Como é bom receber a sua visita! E peço desculpas pela demora na resposta!
      E veja bem, expert nos arredores do Cipó é você, combinado? E como você mesmo já comprovou, variantes interessantes pela região não faltam, então o jeito é caminhar eheheh

      Forte abraço, obrigado pela visita e comentário!

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  4. Saudade de tomar uma chuva na trilha.

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    1. Nossa, e aquela foi de rachar em pleno mês de julho hahahaha... Quem diria.
      Um abraço

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